Idas e idas

Ainda tenho os cachos da época antiga
De festa em festa, me dilato em bebida
Nos blind dates, desprotegido, da tia ser a mim transmitida
Vejo as amigas através de fotos serem pelo tempo consumidas
Nunca conheci uma louca que já tivesse sido abduzida.
Tua cara entupida em botox
Tua mão entupida de morte
Tenho a luz e não tenho a saída
minha mãe (ainda) me paga a droga e a comida
Dei certo na vida?

Vou estar pelas olimpíadas, angustiada e aflita?
Estou cada vez mais, uma bicha indecisa
Que só quer saber das grandes picas
Ao longo do dia com curtos pensamentos suicidas
Minha inteligência era ilusão, sou tão burra quanto o nada.
Tão triste quanto uma chuva fria.
Tenho a luz e não tenho a saída
minha mãe (ainda) me paga a droga e a comida

Logo que embarco, o trajeto é descida
Os meus sonhos tem angustia excessiva
Uma hora do dia destinada a pornografia
Na boca um canhão de palavras malditas
No peito um batalhão de lembranças insípidas
No sexo, a constancia explosiva
Só vejo show, atrás da mureta
O que me mantém vivo, são borboletas
Tenho a luz e não a saída
minha mãe (ainda) me paga a droga e a comida
Dei certo na vida?

Um comentário:

Bernardo disse...

A P A V O R O U