Uma sexta-feira


Um morto de fome
De libido, treme ,
numa rua cheia de jornais voando ao vento,
ele, o morto, só pelo instinto avança
Como que fugindo de um brutamonte.
Parece um rato cinza
Com o pênis de um macaco
As mãos de esquizofrênico
E os olhos de um endemoniado
Dá passos roçando as coxas
como quem o saco aperta
As lágrimas viram mijo
E ele continua a avançar com a esperança de um orgasmo
Comendo a tudo
Metendo em qualquer buraco

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